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Arquitetos: LASSA architects
- Área: 200 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:NAARO
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Fabricantes: Alumet, Four Seasons Klimaengineering, RIZAKOS
Descrição enviada pela equipe de projeto. KHI está localizada em um olival suavemente inclinado no sul do Peloponeso. O projeto é formado por uma única parede ondulada contínua que emoldura uma série de pátios protegidos nas extremidades de cada ala.
O volume em forma de "X" divide o terreno em quatro áreas distintas, proporcionando aos jardins orientais intimidade visual e sombreamento variável ao longo do dia.
“A KHI combina duas condições extremas que se complementam - os pátios que proporcionam um ambiente meditativo, a ala oeste e o telhado que, em contraste, oferecem vistas panorâmicas desobstruídas para o mar", diz Theo Sarantoglou Lalis.
A superfície da parede é animada por ondulações de concreto moldado cuja amplitude diminui ao longo do comprimento da fachada. O curso do sol cria um jogo de sombras ao longo do dia e parede ondulada atua como pano de fundo para as sombras das árvores.
KHI foi projetada pelos arquitetos de Londres e Bruxelas, Theo Sarantoglou Lalis e Dora Sweijd, da LASSA architects. A altura do projeto limita-se ao tamanho das oliveiras circundantes, mantendo a vista panorâmica para o mar a partir de um terraço acessível. Na sua implantação, a elevação da parede varia à medida que vai sendo gradualmente escavada no terreno, diminuindo a altura da fachada para 1,2 m no final de cada ala. A terra escavada foi recuperada para criar uma transição cônica permitindo uma integração mais suave do projeto na paisagem agrária.
A ala oeste contém as áreas públicas, bem como uma grande abertura para o mar e o terraço sul. Internamente, cada quarto é estendido por um terraço e um pátio. A parede da sala se projeta para fora e se dobra para emoldurar um limoeiro. A ausência de cantos e a continuidade da parede proporcionam expansão espacial. As paredes curvas emolduram a mudança de cor e luz do céu, induzindo uma forte presença do céu em seu interior.
"KHI foi encomendada por um casal de colecionadores de arte e combina elementos de uma tipologia de galeria com uma tipologia de mosteiro com jardins fechados", diz Theo Sarantoglou Lalis.
O projeto foi construído por empreiteiros locais apoiados pela experiência da LASSA com design digital e fabricação de peças não padronizadas. Os arquitetos colaboraram com uma empresa especializada em produtos de poliestireno que vão desde infraestrutura até a indústria pesqueira. Esta estratégia permitiu a produção fora do local usando o corte digital de elementos construtivos importantes, como as fôrmas de concreto usadas para lançar a parede ondulada, elementos de iluminação personalizados contidos no teto, modeladores do jardim, bem como móveis personalizados.
A leveza da fôrma possibilitou facilidade de transporte e instalação em poucos dias por uma equipe reduzida. Após a concretagem, toda a fôrma foi recortada em placas e reutilizada como isolamento dentro da cavidade da parede e do teto. Esta estratégia permitiu um uso mínimo de peças de construção produzidas industrialmente, em vez de favorecer uma cadeia de abastecimento local. O projeto utilizou materiais de origem local, como concreto e granito, entre outros produtos da indústria do mármore.